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O aquecimento global e sua influência no sexo das tartarugas

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Não é muito difícil ouvir falar do Aquecimento Global em rádios, televisão e na internet. Esse fenômeno consiste no aumento da temperatura média do mar e do ar próximo a superfície do planeta como consequência da emissão de gases de Efeito Estufa, bem como outro poluentes. Que as consequências desse fenômeno são danosas, todos sentimos diariamente ao sair na rua. A cada dia que passa, mais reclamamos do calor, que tá aumentando.

Não é só o ser humano que percebe e sofre com essa variação não. Todos os outros seres vivos do nosso planeta sofrem com essas mudanças. Mas esse aumento de temperatura pode ser danoso principalmente para animais cujo sexo biológico é determinado pela temperatura em que ele é incubado.

Tartaruga em seu habitat natural.
Nos mamíferos, nas aves, o sexo biológico é determinado geneticamente por meio de sequências de DNA presentes nos gametas. Em mamíferos é o espermatozoide do pai que determina o sexo do filho; enquanto que em algumas aves é o gameta materno que exerce essa função. Mas em muitos dos répteis essa determinação é pela temperatura.

Quando a tartaruga chega a praia, constrói um ninho e põe os ovos nele, ela os enterra na areia para que, com a temperatura do solo, eles sejam incubados e se desenvolvam. Aí que se encontra a problemática, sabe porquê?

Dependendo da temperatura da areia em que esses ovos são incubados, eles podem gerar mais macho do que fêmeas ou o contrário. Estudos recentes apontam que temperaturas acima de 30º C no momento da incubação de ninhos de tartarugas geram um número maior de fêmeas, enquanto que temperaturas menores que 29º C, mais machos. Já entendeu a ligação com o Aquecimento Global?

Então, com o aumento das temperaturas na superfície do planeta, a areia dos ninhos acabam por esquentarem mais que o normal, gerando mais fêmeas e menos machos por ninho. Isso reflete diretamente no equilíbrio ecológico das populações de tartarugas, pois fica mais difícil da fêmea encontrar um macho para copular. Esse desequilíbrio pode estar refletindo no número de indivíduos desses grupos de animais.

Sabemos o quanto entender os fenômenos que envolvem o meio no qual vivemos é importante para a manutenção, não só de nossas vidas, dos meios naturais, principalmente. Assim, a conscientização e a educação ambiental é fundamental para a conservação da natureza. Pesquisar, ler, se informar, isso sim ajuda a melhorar.


Referências:
http://www.tamar.org.br/interna.php?cod=95;
http://www.suapesquisa.com/geografia/aquecimento_global.htm;
Imagens:
http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/1dabfe6f134e6f57e5c774c5e3672a7e.jpg;
https://lh3.googleusercontent.com/-5Ed_3wPa7ys/S0_Va8-VDCI/AAAAAAAAAg0/x7--GIvR5dwTRXmN4iDtSR40HhzQgq1GgCCo/s640/Parque_Marinho_Risca_do_Meio%2B-%2BAlta%2BResolu%25C3%25A7%25C3%25A3o%2B%252870%2529.jpg;
https://lh3.googleusercontent.com/-fB4qvpg6N0k/Uks5Jp22BFI/AAAAAAAAFzA/3ae9TlHxRcw-LXsiuYWVSc_bO1pLW8bhgCCo/s720/IMG_3832%2Bcopy.jpg;
http://tamar.org.br/fotos/nascimento3.jpg;
http://www.tamar.org.br/fotos/ninho%20e%20postura.jpg;
http://tamar.org.br/fotos/nascimento1.jpg;
http://brasilescola.uol.com.br/upload/conteudo/images/1dabfe6f134e6f57e5c774c5e3672a7e.jpg.

O navio negreiro inglês Black Prince e o motim na costa do Siará

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Mapa antigo da Costa do Ceará.
Navios afundam e o tempo passa. Seus fatos, relatos e estórias incríveis de luta e resistência no mar são perdidos em bibliotecas escuras e empoeiradas até que são redescobertos e trazem para nossos tempos suas histórias muitas vezes cruéis.

Uma mensagem de um amigo pesquisador, Clécio Mayrink, dizia: "Olha isso", seguido de um arquivo. Clécio me passou um artigo de 1890 de autoria do historiador Guilherme Studart que discorria acerca das necessidades de defesa da "Villa de Fortaleza" e do desembarque e naufrágios de navios estrangeiros no litoral cearense. Studart relatou especificamento os casos do naufrágio de "Cajuaes" que será explorado em outro artigo, e do navio inglês Black Prince durante o governo de Antonio José Victoriano Borges da Fonsceca.
Imagem ilustrativa

As informações apresentadas revelam que três navios estrangeiros (dois ingleses e um francês) passaram, e dois deles naufragaram, no litoral cearense. O navio negreiro inglês Black Prince comandado por "William Hawkins" e pilotado por "Thomaz Austin" partiu de Bristol em em 8 de novembro de 1768 e "veio a arribar ao Ceará" segundo uma carta do Conde de Povolide (22 de março de 1769), e foi, dos três, aquele que escapou do naufrágio e do qual trata este artigo

O Black Prince era um navio mercante negreiro mas não se sabe se seu nome (Príncipe Negro) era uma ironia a função ou referência às características físicas da embarcação. Como mercante negreiro o navio fez várias viagens à Africa. Algumas dessas viagens estão bem documentadas como uma feita em 1767 em que uma "carga" de 169 escravos foi comprada no "Senegâmbia" e entregue em Saint Louis, a colônia britânica na America do Norte, e dos que embarcaram apenas 150 chegaram com vida ao destino. Noutra viagem de 1762 o diário de bordo do navio está completamente preservado:
30 de junho ... as 3 da manhã o barco maior veio a bordo com 17 barris de água e alguns negociantes com dois escravos homens...
17 de julho ... Meu negro [seu servo negro] chamado John Prince deu uma resposta impertinente ao Sr. Thomas, terceiro oficial, e por isso estou dando a ele uma punição... pus ele nos ferros, dei uma surra nele no 4o convés e pus ele a dieta de pão e água...
3 de agosto ... O Pinnace voltou e trouxe um pouco de arroz, mas nenhum escravo..
17 de fevereiro [1763] ... encontrei os escravos com intensões de tomar o navio eram dois escravos, Intregue pôs a maioria dos homens nas correntes para prevenir sua intensão...
22 de fevereiro ... descobri que os escravos estavam planejando se revoltar, botamos todos eles na mira das armas e os aquietamos, um grande número conseguiu quebrar as correntes...

O navio já havia feito mais de 10 viagens para o lucrativo e cruel comércio de escravos quando deixou o porto pela última vez sob a bandeira britânica em 1768. Partiu com seus 44 membros da tripulação entre marinheiros e oficiais e, a menos de uma semana de atracar em seu destino, sua tripulação tomou o controle do navio! Não foi o primeiro motim a bordo do Black Prince, mas foi o primeiro em que os amotinados tiveram sucesso em tomar o navio. O capitão William Hawkins e outros nove membros fiéis foram colocados em uma das embarcações de apoio e largados no Atlântico Sul. Foram forçados a utilizar ao máximo suas habilidades marítimas para retornar à segurança da terra firme.

Os amotinados então pintaram o navio, mudaram o nome para "Liberty" e rumaram para a costa do Brasil onde chegaram pelo nordeste à altura da capitania do "Siara". Parece que já naqueles tempos o Brasil era um bom refúgio para criminosos. Os revoltosos precisavam de mantimentos para seguir viagem e encontrar terras espanholas onde estariam seguros. Ingleses e espanhóis estavam em disputa pelo domínio dos mares do sul e logo os traidores estariam seguros junto aos inimigos da "coroa". 

Para conseguir provisões e continuar a viagem os piratas ingleses venderam na "Villa de Fortaleza" parte da carga que seria originalmente destinada ao comércio negreiro. E enquanto alguns dos seus (inclusive aquele escolhido como o líder do grupo) estavam na praia negociando com os "siarenses" os outros que ficaram embarcados cortaram o cabo da âncora e abandonaram seus colegas. Sabe-se que pelo menos sete foram deixados (ou abandonaram voluntariamente o grupo) no Brasil.

Em seguida os amotinados embarcados tomaram a direção das terras espanholas no caribe, ao norte. Não sem antes fazer vários disparos contra a cidade e perseguir um escuna ainda em mares alencarinos. Os disparos podem ter sido feitos a fim de inviabilizar uma possível força de reação à perseguição da escuna e ao golpe comercial. Pouco se preocuparam com os colegas ingleses deixados na praia a mercê de portugueses furiosos.

Não se sabe ao certo o que aconteceu com a tripulação de revoltosos se conseguiram ou não chegar à "Hispaniola". O The London Gazzete publicou em 29 de agosto de 1769 uma oferta de recompensa de 100 pounds para qualquer pessoa ou pessoas que trouxessem informações que levassem a captura e condenação dos traídores.

Entre os que foram abandonados no Siará segue descrição conforme a publicação da oferta de recompensa das autoridades no The London Gazzete:
William Sullivam, ou Solomon. um homem baixo e magro, rosto suave [pouco marcado], olhos castanhos, pele moreno clara, usa seu próprio cabelo [os nobres ingleses usavam perucas brancas], mais ou menos 25 anos de idade
George Meager, um homem de estatura muito alta, com o rosto [muito] marcado por cicatrizes, pele morena, usa cabelo curto, mais ou menos 30 anos de idade
Henry Beach, escolhido como Capitão [dos amotinados], um homem de estatura pequena e magra, pele morena, rosto pouco marcado, usa cabelo curto, mais ou menos 30 anos
Philip Thompson, um negro de estatura pequena e magra, cicatrizes próximas ao nariz, aproximadamente 5 pés e 4 polegadas [aprox. 1,75m] de altura, mais ou menos 26 anos de idade
Benjamin Rice, escolhido [pelos amotinados] como timoneiro, um homem de estatura pequena e magra, rosto suave [pouco marcado], pele morena clara, usa seu próprio cabelo longo, mais ou menos 28 anos de idade
John Holden, um homem alto e magro, com o rosto muito marcado e pele morena escura, usa seu próprio cabelo preto e longo, mais ou menos 30 anos de idade
Teriam sido presos? Enviados para o Reino? Executados em praça pública? Ou construído uma pousada em Canoa Quebrada?

STUDART, Guilherme;  Antonio José Victoriano Borges da Fonsceca, e seu governo pelo Dr. Guilherme Studart. Instituto do Ceará, ano IV, 3o trimestre de 1890, tomo IV. 

Mulheres: como prender o cabelo antes do mergulho?

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A cabeleira feminina é algo muito difícil de controlar embaixo d'água. Pode se tornar até uma questão de segurança! Sem excluir o uso da tesoura, seguem cinco dicas para dominar os cabelos revoltosos.




1. Faixinha ou bandana. O uso de uma faixa de cabelo ou uma bandana evita que o cabelo entre na máscara ao coloca-la. Esse acessório simples já ajuda bastante mas deve ser usado em conjunto com outras técnicas.





2. Trança Embutida. As tranças são formas bem eficientes de prender o cabelo. Use sua criatividade! Faça uma trança diferente em cada mergulho!






3. Ligas de Cabelo. Ao colocar várias ligas de cabelo você tem a redundância exigida no mergulho técnico! Nossa amiga Anistela Nunes mostra como!






4. Neoprene de Máscara (ou strap mask). Ao colocar uma faixa de neoprene envolvendo as ligas de silicone da máscara você evita que o cabelo "grude" nas ligas, facilitando o uso!


5. Faca ou Tesoura. São ferramentas recomendadas para livrar o mergulhador de um... enrosco! E se seu cabelo enroscar em algo no seu equipamento ou no ambiente? Pode parecer absurdo mas se seu cabelo ficar definitivamente preso o uso de uma faca ou tesoura pode ser a única solução. Por este motivo prefira uma das quatro técnicas anteriores!

* Touca de silicone. Não funciona bem e seu uso não é recomendado. 

Você pode combinar todas as quatro dicas! Mas se ainda assim seu cabelo insiste em se espalhar...


Ainda não é mergulhadora? Clique aqui e saiba como descobrir o mundo submarino!

Promoção Mês do Pais no Mar do Ceará

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  • Ao realizarem duas inscrições, pai e filho ou filha, para qualquer curso no mês de agosto o pai ganha 50% de desconto;
  • Se você é pai e decidiu se dar de presente um curso de mergulho você ganha um Atlas de Naufrágios do Ceará de brinde;
  • Descontos não cumulativos;
  • Promoção válida para turmas de qualquer curso do mês de agosto;
  • Não válido para inscritos antes do lançamento da promoção;
  • Reservas até 25 de agosto;
  • Pagamento à vista apenas em espécie ou transferência bancária;
  • Pagamento à prazo em 1+2 nos cartões master ou visa;
  • Cursos personalizados não entram na promoção;
  • Confira o Calendário e reserve sua vaga;
  • Ligue ou mande um email para reservar sua vaga!

Curso de Foto Subaquática em Setembro

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Apresentamos o nosso curso de Fotografia Subaquática ministrado por Ruver Bandeira e Marcus Davis! 

Acontecerá dos dias 05 a 08 de setembro. Será composto por uma aula teórica para apresentarmos os principais conceitos de fotografia subaquática e técnicas de mergulho associados à foto sub. Em seguida teremos duas aulas práticas na piscina onde será montada uma estrutura com "bichos marinhos". Por fim uma última aula teórica para avaliarmos o material produzido pelos alunos.

Ruver Bandeira é
  • geógrafo; professor; natural de Fortaleza-CE, 
  • Rescue Dive; Advanced UW Digital Photographer PADI, 
  • Publicações e capas: Revistas Mergulho, DIVEMAGAZINE International, Deco Stop; Artigos www.brasilmergulho.com
  • 2º lugar no concurso fotográfico promovido pela American Airlines; 
  • Vencedor do concurso fotográfico “Parque do Cocó: Nossa Floresta”; 
  • Vencedor - Fotografia da VI Mostra de Talentos do Ceará; 
  • Livro “Olhares Submersos” – fotografia e texto; Livro “Atlas de Naufrágios do Ceará” – participação fotografia; Participação no documentário “Naufrágio Amazônia e Resgate dos Cristais”; 
  • Exposições fotográficas PADI Festival International Brasil 2014, Livraria Cultura 2015, Shopping Benfica; 
  • Member Profile desde 2014 na National Geographic Society; 
  • Campeão do PRIME BRASIL DE FOTOSUB 2015 categoria Master; 
  • TOP 7 do Ranking Nacional de Fotosub 2016.

No curso está incluso:
  • 02 Aulas Teórica (6h)
  • 02 Aulas Práticas na Piscina (6h)
  • Material Didático PADI
  • Certificação Internacional PADI
  • Equipamentos de Mergulho Autônomo 
O curso contará com material didático e certificação PADI Underwater Photographer! Equipamentos de mergulho estão inclusos mas e o aluno deverá possuir seus próprios equipamentos de fotografia ou alugar conosco. 


Investimento

  • R$ 800,00 nos cartões master ou visa em 1 + 2
  • ou R$ 750,00 à vista 
  • Aluguel de câmera ou flash a R$ 30,00 durante todo o curso

Aterrinho da Praia de Iracema: a beleza por baixo d'água!

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Quem passa pelo aterrinho da Praia de Iracema muitas vezes subestima a beleza viva que pode ser encontrada lá. Pela manhã encontramos uma bela paisagem de uma parte da orla de Fortaleza, com seus grandes de luxuosos hotéis e condomínios contrastando com o brilho do sol do nosso Ceará refletindo no mar, nos Verdes Mares Cearenses. Ao entardecer ficamos deslumbrados com o por-do-sol à oeste em meio a suas cores dispostas no céu e o brilho crepuscular que toca os espigões e a Ponte Metálica.

Por-do-sol no aterro da praia de Iracema. (Foto por Anderson Arcanjo)
À noite, a feirinha movimenta o local, com produtos de artesanato, pessoas caminhando, andando de patins, bicicleta. Ao fim da noite e começo de manhã o movimento cessa como se todo aquele turbilhão de informações que passam durante todo o dia tivesse simplesmente desaparecido. Bem, isso é um rotina que, embora possa ser narrada na voz de belos poetas cearenses chegando ao ponto de se tornar poesia, pode esconder uma beleza infinita: a beleza apenas vista por aqueles que mergulham.

Peixe Cirurgião (Acanthurus chirurgus) encontrado na Praia de Iracema.
Há muita aversão em se banhar nas águas dos aterros da Praia de Iracema. Mas isso decorre do desconhecimento do real potencial natural que há em torno dos espigões que tangencia os aterros. São comuns mergulhadores que, ao concluir seu curso de Open Water Diver ou em seus primeiros mergulhos aqui na orla de Fortaleza, se surpreendem com o que consegue observar em riqueza de peixes, corais, moluscos, algas, e uma infinidade de belezas vistas. Sabemos que a visibilidade varia bastante entre os espigões pois a água apresenta-se mais parada, mas isso pode ser positivo, pois torna-se recanto calmo para reprodução dessas espécies.

Baiacu-de-espinho (Diodon holacanthus).
A depender do dia do mergulho e das condições da água são comuns observar cardumes de peixes, sendo possível nadar ao lado deles. Lagostas, camarões, peixes; são possíveis de ser avistados em mergulhos no aterro.
Peixe Cirurgião (Acanthurus chirurgus) encontrado na Praia de Iracema.
Vale muito conferir todas essas beleza, apesar do principal problemas possível de ser visto: o lixo que é descartado nas proximidades dos aterros como prova do desconhecimento ou desprezo pelas belezas naturais por eles resguardadas.

Lixo em decomposição em meio à vida subaquática no Aterrinho.
Por isso, é fundamental que nós, mergulhadores, tenhamos o cuidado de informar à sociedade como um todo da importância desse ambiente marinho para a conservação da vida marinha, bem como para a manutenção da prática de mergulho em nossa cidade, seja divulgando informações, fotos, vídeos; ou convidando as pessoas para mergulhar em nossa orla. Recai sobre nós a obrigação de monitorar, fiscalizar e cuidar desse nosso objeto de diversão que tanto é importante para a vida de todo o planeta, o ambiente natural marinho.

Floração de Algas Verdes no Litoral Cearense

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Nos meses de junho a agosto os mares cearenses são invadidos por algas verdes filamentosas. Vamos conhecer um pouco mais sobre esses seres vivos.

Algas verdes na Pedra da Botija no PEM da Pedra da Risca do Meio em julho de 2016.
São organismos de hábito aquático, muito encontrados nas praias do litoral cearense. Apresentam ocorrência com ampla variedade de habitats, como, por exemplo, habitat marinho. Apesar de serem comumente encontradas nas areias das praias, as algas verdes estão em sua maioria presente em água doce. Podem ser encontradas em variedades de formas: microalgas, sendo vistas principalmente com ajuda de lupas e microscópios e macroalgas que podem ser vistas a olho nu.

Grande aglomerações de algas na
Pedra da Botija
As macroalgas, dentre elas as algas verdes, pertencentes ao reino protista, são seres fotossintetizantes, liberando oxigênio na água como resultado do processo de fotossíntese. Por apresentarem essa característica, são organismos de extrema importância para a manutenção da vida na terra. São caracterizados como fitoplâncton, fazendo parte da cadeia trófica de diversos organismos, como moluscos, crustáceos, peixes e até mamíferos marinhos. Além de serem o alimento desses animais, as algas verdes, são utilizadas como forma de obrigo e berçário no período reprodutivo desses animais.

São bastante encontradas na região entre-marés, vivendo presas em formações rochosas, em recifes e praias arenosas. No litoral cearense podemos observar esse cenário em muitas praias, dentre elas, Iparana, Pacheco e Pecém. A presença desses organismos nas praias e até em formações rochosas de águas profundas, proporcionam positivamente o desenvolvimento de ambientes diferenciados para espécies que aí habitam.
Mergulhadores envoltos por algas.

Segundo Pedro Carneiro, pesquisador especialista em algas do Instituto de Ciências do Mar da UFC, as algas que aparecem no Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio nos meses de junho a agosto são uma floração do gênero Rhizoclonium. Ele explica:
"Essa forma permite ela crescer e se reproduzir muito rapidamente, mas elas acaba sendo muito predada e não consegue competir muito bom por substrato. Então ela é efêmera, aparece e desaparece rapidamente. Mais perto da praia as florações dela costumam aparecer nas primeiras chuvas quando a água recebe nutrientes. Lá fora [em mar aberto] não deve ser isso, mas ainda não sei bem o que é. A própria queda da temperatura [da água nesse mesmo período do ano] pode desencadear isso.  Chamamos de floração esses eventos de crescimento explosivo.
Essa alga é cosmopolita. O gênero tem várias espécies que ocorrem em várias partes no mundo todo, em ambiente marinho, em estuário e em água doce. Como é uma alga muito fina, as vezes é difícil dizer qual a espécie exata."
Caulerpa racemosa, alga verde
facilmente observada no litoral cearense.
Dentre as diversas algas verdes (filo Clorophyta) encontradas no litoral cearense, o gênero Caulerpa sp.é bastante encontrado a beira mar, principalmente a espécie Caulerpa racemosa, conhecida popularmente por Uva-do-Mar, pois, apresenta aparência de um cacho de uva. A espécie é bastante encontrada em regiões tropicais, em muitos países no mundo inteiro, apresentando ciclo de vida muito rápido, em habitat natural, pois se encontra disponível os recursos necessários para o seu desenvolvimento, como a luz solar, justificando a sua grande abundância na natureza. Devido a sua grande disponibilidade nesses habitats, é a base da cadeia alimentar de muitos animais, dentre eles o ouriço-do-mar.

As algas de modo geral (Verdes, Pardas e Vermelhas) são de extrema importância, tanto para o homem como para toda biodiversidade do planeta. Esse grande grupo, atualmente desempenha um grande papel impulsionador da economia das cidades litorâneas do Ceará. Dentre as cidades, temos o município de Flexeiras, em Trairi, onde atualmente possui projeto de cultivo de algas. 

Projeto S.O.S Algas em parceria pela Associação dos Produtores de Algas de Flecheiras e Guajirú(APAFG), Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis (IDER) eInstituto Terramar.
O projeto S.O.S Algas utiliza de maneira sustentável as algas, promovendo a preservação de espécies que ocorrem na comunidade, e ainda garantindo a subsistência de muitas famílias. Dentre os diversos benefícios proporcionados por esses organismos, às algas são utilizados pela indústria farmacêutica na extração de compostos base para medicamentos; na indústria, na produção de sorvetes, cosméticos, fertilizantes; na medicina; e também, principalmente, na alimentação por serem ricas em proteínas, sais minerais e vitaminas, como exemplo na produção do sushi. 
Sushi envolto por alga.

Diante disso, é notável a grande importância desses seres vivos, pois, além dos diversos benefícios que as algas proporcionam a espécie humana, desempenham papel primordial a manutenção da biodiversidade aquática. Sendo essas, assim como as plantas, as grandes responsáveis pela presença do oxigênio gasoso em todo no planeta. Além do papel de abrigar e refugiar muitos animais, nos diversos ecossistemas naturais.

Referências:
https://marinelifeindia.wordpress.com/2013/01/29/oval-sea-grapes-seaweed-caulerpa-racemosa-forsskal-j-agardh-1873/
S.O.S. Algas - http://sosalgas.blogspot.com.br/

Livro Infantil sobre Tubarões Lançado em Fortaleza

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O tubarão Agripino estava muito triste, pois não conseguia compreender por que as pessoas não gostavam de tubarões. Entretanto, Iara e suas irmãs, Marina e Luana, com a ajuda de um pequeno e sabido companheiro, encontraram uma forma de devolver a Agripino, e aos demais tubarões, o respeito, o carinho e a alegria que, por serem como são, merecem.
Este é o enredo de "Um Cartão para Agripino" preparado pelo querido mergulhador Carlos Velázquez,  com ilustrações de Suzana Paz, está à venda nas livrarias Cultura e Leitura!

Operação Regaste dos Cristais e o Naufrágio Amazônia

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Após 35 sob a água o selo com a marca do fabricante permanece perfeitamente preservado


Em 2 de novembro de 1981 chegava ao Porto do Mucuripe uma embarcação avariada. O navio mercante Amazônia apresentava problemas em suas bombas de esgotamento e já estava um pouco adernado à bombordo quando se aproximava da entrada do porto. Nos momentos finais da aproximação o navio adernou completamente e deitou sobre seu bombordo no fundo da Enseda do Mucuripe. Sua carga foi se desprendendo aos poucos, contêineres e grandes toras de madeira foram despejadas no mar. Começava assim a Operação Resgate dos Cristais!

Alguns contêineres recheados de produtos industrializados na zona franca de Manaus e que antes eram destinados ao Rio de Janeiro flutuaram e foram dar à Praia do Pirambu, assim como sua carga de madeira. A população ficou histérica com a possibilidade de obter algum bem daquele sinistro e a carga foi saqueada! No frenesi do saque algumas pessoas se machucaram seriamente.

No entanto, alguns desses contêineres afundaram antes de chegar a margem levando consigo os produtos que traziam. E eles traziam peças de cristal! Travessas, cinzeiros, recipientes de diversos tamanhos feitos de um material que não se deteriora facilmente sob a água: vidro de alta qualidade, na verdade cristal. Segundo o wikipédia:
"cristal é a denominação popular para um vidro de alta qualidade, transparência e densidade obtido através da adição à massa vítrea (durante a fabricação) de variados sais metálicos e em especial, neste caso, o óxido de chumbo (Pb3O4).[...] Geralmente quando o teor de chumbo é maior que 10% tais vidros ganham a denominação comercial de "cristal", provavelmente se trata de tentativa de conferir uma distinção de "alta qualidade" em comparação aos vidros ditos "comuns". Os teores de óxido de chumbo podem chegar até a 25%."

Nos anos seguintes mergulhadores amadores localizaram e "fizeram a festa" retirando peças de qualquer maneira e sem as devidas autorizações. Os contêineres foram saqueados. Existem relatos sobre cerca de 200 peças oriundas do Amazônia estão agora em Jericoacoara e que peças foram vendidas pela internet. O problema desta prática é que a legislação brasileira é bem protecionista em relação à bens perdidos no mar. Depois de um certo tempo, qualquer bem perdido ou abandonado no fundo do mar passa a ser propriedade do Estado. Portanto, para retirar qualquer peça do mar são necessárias autorizações dos órgãos competentes, no caso a Marinha do Brasil e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 
O tempo passou e a história foi esquecida. Virou lenda atestada por alguns poucos que ainda lembravam ou conheciam a localização. Em 2006 quando comecei a pesquisar sobre este naufrágio tive dificuldade de encontrar a data mas localizei em jornais antigos fotos do seu afundamento. 

Mais tempo passou e em 2012 Régis Freitas, um mergulhador conhecido como "Régis Doido", trouxe para nosso conhecimento a localização de um desses contêineres. Augusto César Bastos abraçou o projeto de resgatar essas peças com o intuito de doá-las para o futuro Aquário do Ceará.

Augusto batalhou por 4 anos para que seu projeto de exploração fosse aprovado em Brasília. O longo processo burocrático de coleta de assinaturas foi árduo e o documento ainda foi perdido em transito de órgão para outro. Mas em novembro de 2015 ao lado do documentarista Roberto Bonfim, ainda sem a autorização em mãos mas ansiosos à sua espera, lançamos junto com o Atlas de Naufrágios do Ceará o documentário "O Naufrágio Amazônia e o Resgate dos Cristais" em que apresentamos o resgate desta história para o público cearense.

Mas no início de 2016 a autorização estava em mãos e a data escolhida para realizarmos definitivamente o resgate dos cristais. Acertamos meses antes a logística da operação que foi autorizada para ser executada por mergulhadores recreativos. Por este motivo, além do staff da Mar do Ceará, clientes e alunos foram convidados a participar da operação. 

No domingo, 21 de agosto, embarcamos no "Seu Lulu", um traineira de 12m para um curta navegação até o local planejado. Duplas foram definidas assim como suas funções sob a água. A primeira dupla mergulhou para localizar precisamente o contêiner. Fizeram uma busca circular ao redor do local mais indicado e após 20 minutos de busca foi dado o sinal verde. As peças foram colocadas cuidadosamente em caixotes e após alguns mergulhos uma dezena de caixas estavam cheias aguardando uma outra dupla que às elevava para a superfície com o uso de balões infláveis (saco elevatório ou lift bag). Neste dia conseguimos recuperar as peças que estavam expostas na areia.
Interessante observar que grande parte do papelão utilizado para embalar as peças ainda estava preservado e alguns selos com a logomarca do fabricante foram encontrados e é perfeitamente legível o nome "Kaysons Crystal Limitada" e o "CGC 04.299.301/0001-19" mesmo após 35 anos submerso.

Era um contêiner pequeno com mais ou menos 3m x 2m x 2m e toda a sua estrutura se deteriorou exceto sua armação e a parte inferior, enterrada na areia. Por isso nos dias seguintes foi necessário cavar. Utilizamos um sistema de sucção a ar para dragar o fundo  e expor as peças que estavam enterradas. O processo de cavar, coletar, amarrar e içar foi repetido por mais três dias até concluirmos a operação. Foram dias muito divertidos, mergulhos fáceis a 10m de profundidade e com visibilidade média 4m. Após a fase de mergulho, foi necessário limpar e armazenar as peças. 

Parte da carga recuperada será destinada a Marinha que solicitou uma porcentagem. Outra parte será vendida para custear as despesas operacionais. Como não obtivemos resposta do Aquário sobre a nossa oferta de doação idealizamos o "Museu Subaquático de Fortaleza". Mais um projeto de nosso grupo de pesquisas! Aguarde!

Alguns vídeos sobre a Operação Resgate dos Cristais:
Carga de Cristais é Retirada do Fundo do Mar (em 09/11/15)
Operação Conclui Retirada de Cristais do Fundo do Mar (em 26/08/16)

Participaram da Operação
Augusto Bastos
Alexandre Martorano
Alexsander Medeiros
Antônio Frazão
Cynthia Ogwa
Fabiana Santana
Francisco Carlos
Franco Bezerra
Joumar Roussine
Lídia Torquato
Lívia Torquato
Luciano Andrade
Marcondes Férrer
Marcus Davis
Melquíades Junior
Thiago Pereira
Thiago Magalhães
Pedro Emanuel
Rafael Alves



Recifes Artificiais Marinho - o que são e como são utilizados

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Recife artificial marinho no Cabeço do Arrastado, no Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio.
Os Recifes Artificiais Marinho sãosistemas que visam transformar ambientes marinhos com intuito de obter novos habitats, ou também servirem de proteção, como contra o avanço do mar e proteção para o fundo marinho contra danos da pesca de arrasto. Geralmente são de ações antrópicas, pois trata-se de construção de submersas artificialmente, tais como pilares de piers, cascos de navios, colunas e fundações de plataforma de petróleo, estruturas de concreto ou rocha natural.

Essas estruturas irão imitar os substratos rochosos presente no infralitoral, onde atuam como atrações para comunidades biológicas, assim contribuirá para a conservação da biodiversidade local. Alguns órgãos indicam o aproveitamento de recifes artificias pelas nações com intuito de beneficiar-se corretamente de seus recursos marinhos. Além de favorecer como atrativos para uso nas atividades pesqueiras, pois elaboram oportunidades de pesca e diminui o tempo de procura da pesca. Outro benefício que possibilita é o aumento de turismo em torno da região, pois a áreas poderá ser utilizada por mergulhadores recreativos, tendo como incentivo barcos naufragados e a história entorno do ocorrido, biodiversidade diversifica, e mergulho diferenciado. O turismo também pode ser atraído pela pratica de surf, onde algumas cidades pretendem instalar os recifes artificiais para deixa mais consistente as ondas da região, exemplo temo a cidade de Maricá (RJ). E por último e provavelmente mais importante favorecimento de elaboração de pesquisas cientificas.

Tambor utilizado como recife artificial
Contudo não é só espalhar os recifes artificiais em todas as praias, algumas considerações têm que ser estudadas e analisadas para discernir a viabilidade deste incremento no ecossistema marinho, pois acarretar alterações na linha da costa, onde altera todo o meio. Também poderá ocorrer perda de estrutura pela inadequação do substrato e condições oceanográficas (regime de correntes, tempestades, altura e período potencial das onda e profundidade), ou até mesmos as estruturas utilizadas podem expor a biota à substâncias químicas e causar poluição do meio, exemplo temos o uso de tambores que antes armazenava produtos químicos. Outro ponto preocupante é o abuso por captura de pescado, como já citado anteriormente os recifes artificiais é um grande atrativos para em números indivíduos marinhos, portanto muitas vezes é utilizado como armadilhas ou até mesmo por pesca de maneira desequilibrada causando diminuição significativo para as espécies de pescado.

Regulamentação mundial e nacional:
Para orientar a utilização recifes artificiais em águas marinha, em contexto internacional, temos a Convenção de Londres de 1972, abordando normas internacionais relacionado sobre a poluição nos mares e métodos legais para a segurança de operações oceânicas. Outros atos internacionais tratam sobre prevenção e combate de possíveis contaminantes como Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos Causados por Poluição por Óleo (1969) a Convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos ou outras Matérias (1972). E também convenção tratando sobre direitos e deveres dos países que é o caso da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM, 1982 – artigos 56, 60, 80 e 210) e dentre outro, onde todos tinham o intuito de estabelecer procedimentos referente ao meio ambiente marinho e à segurança da navegação. Referente ao Brasil não existe ferramentas específicos para regulamentação dos recifes artificiais marinho, o pais acaba adotando normas acordadas na Convenção de Londres (1972) e regras de prevenção da vida humana, como também referente a poluição ambiental e segurança de navegações. 

Tipos e objetivos:
Os tipos utilizados são bastante diversificados quanto ao tamanho e a composição, e também variam desde simples à complexo seu modo de preparo, a baixo segue uma lista de tipos de recifes artificiais marinho são utilizados:

  • Materiais naturais (bambus, folhas e toras de madeira);
  • Tubos de PVC;
  • Tambores de metal
  • Pneus;
  • Concreto;
  • Carcaças;
  • Meios de transporte (embarcações, aviões);

O tipo dos recifes artificiais marinho variam de acordo comos objetivos, onde os principais deles são:

  • Recifes de conservação da biodiversidade
  • Recifes de produção pesqueira;
  • Recifes para atividade de mergulho recreacional;
  • Recifes de proteção da orla

Os recifes artificiais também são utilizados para fins de pesquisa, mas para essa finalidade ainda precisa ter um amadurecimento técnico e cultural, pois essa finalidade é de grande importância, assim poderíamos utilizar esses recifes de maneira controlado e similar ao meio natural, assim possibilitando a estudar e esclarecer melhor todo o ecossistema presente em recifes.

Pontos de mergulhos: Internacional...
Museu subaquático em Mali Losinj
O melhor jeito para sabermos como realmente são os recifes artificiais marinho é por meio da prática do mergulho, pois dessa maneira o praticante tem a oportunidade de observar o ecossistema que fixam nas estruturas artificiais, e até mesmo entender como cada estrutura estão configuradas após ser submersa. Mas não são em todas as praias que os recifes artificiais podem ser encontrados, e lembrando que existe grande diversidades dessas estruturas, como por exemplo temos na Turquia, na cidade turística de Kusadasi sob o Mar Egeu, um Airbus A300. Já na cidade de Nova York colocarão antigos vagões do metrô no oceano Atlântico para formar recifes artificiais e atrair de volta peixes e animais marinhos que antes habitavam a costa. Os mais famosos recifes artificiais são compostos por navios, e um dos navios que chama atenção estar na Flórida, na costa de Pensacola, por ser um Porta Aviões construídos na era da Segunda Grande Guerra, possuindo 294 metros de comprimento. No litoral do México, cerca de oito metros de profundidade existem cerca 450 esculturas submersas que além de recifes artificias formam espécie de museu de arte. Há uma tendencia mundial de criar museu subaquático, pois existe um outro na Croácia em Mali Losinj, no local, cerca de 5 a 10 metros de profundidade, existi réplicas de armas navais antigas e réplicas de Apoxyomenos esse ultimo sendo o mais famoso do parque, o parque possui um percusso cerca de 300 metros de comprimento.

Recife artificial "REEF BALL",
fonte; http://www.reefball.com
... e nacionais
No Brasil também pode-se encontrar mergulhos para conhecer recifes artificiais e toda biodiversidade que essas estruturas formam. Recife considerado a capital nacional de mergulho em naufrágio, por possuir mais de 25 naufrágios acabam tendo diversos pontos de mergulhos. No estado do Paraná existem recifes artificiais feitas de concreto, esse concreto tem alta tecnologia para não prejudicar o ecossistema marinho, além de proteger da pesca por redes de arrasto,esses recifes artificias são conhecidos como “REEF BALLS”. Já no Rio de Janeiro utilizaram tubos de aço reciclados da indústria de petróleo e concreto para construir recifes artificiais, localizada cerca de 8 quilômetros do litoral de Rio das Ostras no estado fluminense. No estado cearense também pode se encontra recifes artificiais, tanto naufrágios com estruturas similares a rochas e sobre os pilares dos piers.

Portanto, o que precisa ser feito antes de qualquer implantação de recifes artificial é o persistente e importante estudo e análise do possível meio a ser ocupado por tal estrutura, assim como também profissionais e estudiosos capacitados para planejamento, elaboração e excursão da engenhosa submersa. E, contudo, legislações especificas para tal atividade, onde regulamenta e esclareci todo e quais quer tipo de exploração por meio dos recifes artificias, assim como também quem poderá se aproveitar e apresentando os direitos e deveres para os mesmos.


Referências:

Mergulhadores Contra o Lixo - Clean Up Day

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Amigos e amigos mergulhadores!

Realizaremos mais uma ação para limpar o mundo e o convidamos para nos ajudar como voluntário! Mergulhadores estão convidados a submergir e retirar todo o lixo que conseguirem do fundo do mar! Não mergulhadores podem participar na limpeza da faixa de praia, e dos calçadões. Praticantes de rapel e escalada podem nos ajudar na limpeza dos paredões rochosos! Faxina completa! Será domingo, dia 25 de setembro de 2016 às 9h, nos encontraremos na Praia do Aterrinho!

Convidamos nossos amigos e clientes mergulhadores a se voluntariar conosco nesta linda ação! 

O Mar do Ceará dispões de 30 vagas para nossos amigos e clientes mergulhadores. Sua reserva deve ser feita através do email mardoceara@gmail.com até o dia 23 de setembro e, logicamente, está condicionada ao número de vagas. Todo o equipamento será fornecido gratuitamente aos participantes pelo Mar do Ceará! As camisetas do evento e as cargas de ar que serão utilizadas pelos mergulhadores foram patrocinadas pelos amigos da Conecta Consultoria ContábilTomodachi Sushibar, Copa Engenharia, Triunfo Tipografia e Contabilidade, Infitech Automação

Outros apoiadores estão contribuindo para esta linda ação: Cagece, Ecofor, Divers for Sharks, Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente,  Paula do Coco e Rede Criativa.

Todos unidos por um mundo melhor!

Haverá troca de mudas (de plantas) por recicláveis promovida pela Secretária de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA)!!

Lembre-se! Não é mergulhador? Você também pode participar do evento! A ação contará com mergulhadores para limpeza submersa, praticantes de rapel para a coleta de resíduos nos quebra-mares e voluntários para coleta na praia e ações de conscientização aos transeuntes!


Reunião dos Mergulhadores
Quinta-feiras, às 20:00, no Tomodachi Sushi Bar (Av. Desembargador Gonzaga, 1426)

Data do Evento
25 de setembro de 2016

Local de Encontro
Praia do Aterrinho, na Barraca Paula do Coco, ao lado do "Espigão" da Rua João Cordeiro. Estacionamento no Hotel Sonata para os voluntários da ação!

Checkin: 
9h às 10h

Duração do Evento: 
9h às 15h

Recomendações: 
Boné ou chapéu, protetor solar, luvas.
Chegue no horário pois precisamos dar a confirmação dos participantes e as devidas instruções!

Ilhas Oceânicas Brasileiras

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Ilhas oceânicas brasileiras
Fonte: http://www.lecar.uff.br/
Se procurarmos o significado da palavra ilha, na internet ou no dicionário, veremos de modo simplificado que ilha é uma extensão de terra firme contornada por água, doce ou salgada. Por sua vez acaba criando um isolamento entre terras. Mas existe dois tipos de ilhas: continentais e oceânicas. As continentais são extensões do território continental que se “isola” após inundações, portanto pertencem a mesma plataforma continental. Já as oceânicas têm a plataforma continental distinta do continente, onde tem origem geológica por surgimento a partir do fundo oceânico, podendo ser vulcânicas formada por erupções vulcânicas ou coralígenos que são formadas pelo acumulo de corais.

Importância biológica
As ilhas oceânicas apresentam uma biodiversidade menor que encontradas no território continental, mas não por isso se torna menos importante, talvez ao contrario, pois essas ilhas já foram, e ainda são, laboratórios para muitos cientistas, como por exemplo Charles Darwin e Alfred Russel Wallace onde elaboraram a teoria da seleção natural. A ilha oceânica é utilizada para estudo do crescimento e a regulação populacional de sua fauna característica, da competição entre as espécies e a interação entre predadores e presas. Outro tipo de pesquisa é sobre a riqueza de espécies endêmicas, esse tipo de pesquisa mostra a importância das ilhas oceânicas. Pois algumas pesquisas já mostraram a superioridade de espécies endêmicas das ilhas oceânicas comparadas as especies endêmicas encontrada em áreas continentais, isto é, certas especies são somente encontradas em regiões pertencentes a ilhas oceânicas.

O Brasil é conhecido por possuir a maior diversidade biológica do mundo, e as ilhas oceânicas possuírem especies endêmicas. As ilhas oceânicas brasileira além de possuírem rica biodiversidade, inclusive as endêmicas, tem um cenário harmônico criado pelos bens da natureza, onde podemos destacar o ambiente marinho como: peixes recifais e esponjas como grupo de endemismo. Alguns pesquisadores explicam que isso acontece, além do isolamento da região, por conta de possuir restritas áreas de substrato consolidado em águas rasas, que acabam sendo fatores relevantes e limitantes para a colonização de larvas e fixação de adultos e juvenis.

As ilhas oceânicas brasileiras compreendem um total de cinco exemplares: arquipélago São Pedro e São Paulo, arquipélago Fernando de Noronha, Atol das Rocas, arquipélago Martin Vaz e ilha da Trindade.

Arquipélago São Pedro e São Paulo
O arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), composto por 5 ilhotas maiores e várias outras de menor tamanho. O arquipélago estar a 330 milhas (531 Km) náuticas do arquipélago de Fernando de Noronha, e a distancia mais próxima do continente é cerca de 510 milhas (820 km) do estado do Rio Grande do Norte, mas o ASPSP pertence ao estado de Pernambuco. 

O arquipélago se destaca por ser a única ilha oceânica de águas profundas do mundo formadas por rochas ultrabásicas, de origem plutônica e não vulcânica. O ASPSP conta com instalação de uma estação científica, a qual é ocupada por três ou quatro pesquisadores e eventualmente militares. Algumas relatos dizem que uma das visitas mais Ilustre foi de Charles Darwin, quando fez sua viajem em volta do mundo. A região tem grande importância cientifica, pois contribuem para o conhecimento da climatologia do Oceano Atlântico e impactos sobre as anomalias do clima, como a seca no Nordeste do Brasil e a formação de tempestades tropicais. Outra contribuição é sobre estudos de oceanografia física, de correntes oceânicas e o relevo submarino. Estudos sobre as especies encontradas no ASPSP tem um grande peso, pois poderão esclarecer questões ainda pendentes em relação à estrutura populacional de espécies para importância das ilhas que compõe e para outras especies de pesquisas relacionadas a movimentos migratórios.

O arquipélago faz parte do ciclo de vida de muitos animais, principalmente espécies marinhas, como peixe-voador que utiliza a região para sua reprodução. Também tem a albacora laje que usufrui do arquipélago para obter alimentação, o mesmo fazem os lagostim, as aves atobá, os quelônios tartaruga-de-pente e os golfinho-nariz-de-garrafa. Outros animais se fazem presente no ASPSP, como o espadarte e espécies bastante raras, como o tubarão-baleia.


Arquipélago de Fernando de Noronha
O arquipélago de Fernando de Noronha estar a 360 km de Natal. A formação do arquipélago está associada à teoria da deriva continental, com a instabilidade da crosta terrestre que possibilitou o extravasamento do magma através de uma fratura. O arquipélago é composta por 20 ilhotas, onde a ilha principal possui cerca de 16,4 km², correspondente a 91% da área emersa.

Fernando de Noronha, talvez seja a mais visitada e famosa das ilhas oceânicas brasileiras, pois recebe constantemente turistas brasileiros e estrangeiros, o motivo das vistas são diversos como: surf, banho nas praias paradisíacas, contemplação da natureza presente no local, mergulho e pesquisa. Charles Darwin visitou o arquipélago, onde posteriormente divulgou suas observações sobre a geologia, petrografia, natureza vulcânica, fauna e flora da ilha principal. A partir daí facilitou bastante saber sobre a natureza do local. Outra facilidade é que as águas são transparentes tendo assim uma grande visibilidade no fundo do mar. Com isso no arquipélago podem ser praticados diversos modalidades de mergulho: o mergulho autônomo, técnico, mergulho livre (apneia) e até mesmo o batismo (Discovery Diver). Essas praticas acabam colaborando para exploração do ecossistema marinho da região.

O arquipélago de Fernando de Noronha conta com cerca de 230 espécimes de peixes, quinze variedade de corais e duas especies de tartaruga. Das especies de peixes encontra-se: guarajuba (Coranx bartholomaei), arraia-prego (Dasyatis americana), peixe-papagaio (Sparisoma amplum), budiões-de-noronha (Thalassoma noronhanum), tubarão cabeça-de-cesto (Carcharhinus perezi) góbios-neon (Elacatinus randalli), o catuá (Cephalopholis fulva) e a moreia-verde (Gymnothorax funebris). As tartarugas celebridade do arquipelago, monitoradas pelo projeto Tamar são: tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata) e a tartaruga-verde, ou aruanã (Chelonia mydas) habitam o arquipélago. Outro animal bastante procurado pelos visitante são os golfinhos rotadores (Stenella longirostris).

Atol das Rocas
O Atol das Rocas estar cerca de 145 km de distancia do arquipélago Fernando de Noronha, e é uma elevação da cadeia que pertence ao arquipélago, e cerca de 260 km da da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. As ilhas vulcânicas que recebem nome de atol é por serem ilhas coralígenos com formato anelar, formando pequenas porções de terra ao redor de uma laguna. Atol das Rocas se destaca também por ser o único atol do Atlântico Sul e um dos menores do planeta.

Atol das Rocas é cercada por naufrágios, alguns acreditam que ate mesmos o responsavel pelo seu descobrimento tenha se envolvido em um. Por isso não se sabe ao certo quem foi o responsável pela sua descoberta. A região é composta por duas ilhas: ilha do Farol que possui cerca de 34,6 mil metros quadrados, 1 km de comprimento, por 400 metros de largura - o nome é dado por ter sido o local de instalação do primeiro farol da ilha - e a ilha do Cemitério esta possui cerca de 31,5 mil metros quadrados, 600 metros de comprimento, por 150 metros de largura, tem este nome devido no local estar seputado os faroleiros e seus familiares, assim como algumas vítimas dos diversos naufrágios. 

Atol das Rocas tem a superfície do recife predominantemente recoberta por macroalgas, onde por muitas vezes se apresentam como floresta de algas. Nessa região muitas das algas coralinas apresentam crescimento verticalmente, com taxas relativamente elevadas. Diversos corais podem ser encontrados na região, cerca de 38 espécies, destacando Spirastrella coccinea, Chondrilla nucula e Topsentia ophiraphidites. Crustáceos tipicos de ilhas oceânicas de aproveitam da caracterização da região, como Gecarcinus lagostoma, e o aratu, Grapsus grapsus. A fauna da região também é compostas por aves que utilizam as duas ilhas da região como local de reprodução. Os peixes também compõe a fauna citando: o atum, alguns tipos de agulhões, garoupa rajada, mero e badejo, sendo aproximadamente 147 espécies de peixes na reserva.

Ilha da Trindade / Arquipélago Martin Vaz
O surgimento da ilha da Trindade e do arquipélago Martin Vaz se deu por conta de uma grande extravasamento em escala colossal de magma da fratura na placa sul-americana. A ilha da Trindade está a cerca de 175 quilômetros da costa do estado do Espírito Santo. Já o Arquipélago de Martin Vaz situa-se a 47 km a leste de Trindade.

A região é coberta de historia. Desde a origem desta localidade existiu disputa entre Portugal e Inglaterra, onde Portugal teria descoberto primeiro e depois teria vindo a primeira expedição da Inglaterra, que foi realizada pelo famoso astrônomo inglês Edmund Halley ( o mesmo do cometa), e ter se a posado do lugar. Depois da disputa diplomática entre os dois países, Portugal teria ficado com a posse, mas entre essa disputa de posses a região teria sido abandonada e comerciantes de escravos e piratas teriam permanecidos no local, com isso surgiu na região que teria um grande tesouro enterrado pelos piratas, que teriam sido cobiçados por diversas expedições.

O que chama mais atenção na região é a grande abundancia da fauna, principalmente quando falado dos peixes, onde cardumes colossais de sardinha e purfa circulam a região. Outro fato de extrema importância da fauna de peixes é que seis especies são endêmicas dos recifes que circundam essas ilhas, como exemplo temos: peixe-donzela de Trindade (Stegastes trindadensis) e a maria-da-toca ou moreia-de-Trindade (Scartella poiti). O animal de destaque na região são as tartarugas, pois três espécies habitam no local como: tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), que se alimentam de esponjas encontradas nos recifes; a tartaruga-verde (Eretmochelys imbricata) que em Trindade é seu maior sítio reprodutivo do Atlântico Sul e um dos maiores do mundo; e ainda pode se encontrar a tartaruga-gigante ou tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Essa tartaruga é a maior das especies de tartaruga, mas infelizmente, corre grande risco de extinção.

Referências:
http://www.bahia.ws/category/ilhas-brasil-guia-turismo-viagem/
http://maradentro.org.br/ilhasrj/livro/algumas-diferencas-entre-ilhas-costeiras-e-oceanicas-no-brasil
http://www.biomania.com.br/bio/?pg=artigo&cod=2313
http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/geral,ilhas-oceanicas-sao-chave-para-manter-biodiversidade,369984
http://www.aprh.pt/rgci/pdf/rgci-178_Serafini.pdf
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/Mohr_et_al_2009.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EnsMed/expensgeo_3e4.pdf
http://ocs.ige.unicamp.br/ojs/terraedidatica/article/viewFile/997/423

Arraias e tubarões cearenses - características e espécies

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Tubarões Lixa no Petroleiro do Acaraú, CE.


O litoral do Estado do Ceará mede aproximadamente 570 km de extensão, onde 19 municípios fazem fronteira com o mar. Apresentando grande extensão de praias arenosas, onde algumas vezes é interrompido por dois tipos de formação: os afloramentos rochosos e os recifes de praia. Diferentes habitats resultam de várias adaptações pelos organismos que buscam condições ambientais propícias para melhor desenvolver suas funções vitais. Isso não é diferente com seres vivos que são encontrados nas aguas marinhas cearense.

Os organismos que mais dominam a maioria dos ecossistemas marinhos são os peixes. A maioria dos peixes marinhos fazem parte da comunidade nectônica, isto é, são seres que têm a capacidade de movimentos ativos e são capazes de nadar e vencer as correntes marítima, e com isso apresentam uma ampla distribuição geográfica, podendo habitar tanto a coluna d’água, quanto apresentar uma estreita relação com o substrato. No Brasil são 1.298 espécies marinhas, mas o conhecimento sobre a diversidade desta fauna ainda não é completamente definido, a cada ano esse número vai aumentando, assim presume-se que a riqueza de peixes seja ainda maior. Para o estado do Ceará são 179 espécies de peixes registradas, dentre eles estão os elasmobrânquios, representados pelas arraias e tubarões.

Os elasmobrânquios são peixes com esqueleto cartilaginoso, possuem grandes maxilares superiores e inferiores, têm de cinco a sete aberturas branquiais separadas. Estão distribuídos em todos os oceanos: em águas tropicais, subtropicais, temperadas e frias. Podem ocorrer desde regiões costeiras até grandes profundidades, ocupando numerosos ambientes como recifes de corais, estuários e águas oceânicas, desde a superfície até áreas profundas.



Função ecológica e a pesca

Os elasmobrânquios constituem um grupo importante para a manutenção dos mecanismos que ocorrem nos ecossistemas aquáticos, motivo esse por ocuparem o topo da cadeia trófica, assim acabam participando de maneira acentuada no equilíbrio de energia no ambiente em que vivem. Essa grande função ocorre também nos mares cearense. Mas os elasmobrânquios estão sofrendo ameaças de sobrepesca existente em aguas alencarinas, isso por conta que de vez ou outra é alvo das pescarias de pequeno porte e na maioria das vezes artesanais, onde quase não existem embarcações munidas especificamente para a pesca de tubarões e raias. Os tubarões são geralmente capturados por barcos que utilizam espinhéis, redes de emalhar ou de arrasto de fundo, com a finalidade de capturar outros recursos pesqueiros. As raias são capturadas principalmente por embarcações artesanais que usam a pesca com anzóis. A sobrepesca além de diminuir o número de indivíduos também atrapalha na identificação dos mesmos, pois muitas das pescas de elasmobrânquio é apenas identificada como cação e raias. 

Uma das alternativas, para tentar reverter o quadro de ameaça sobre as arraias e os tubarões, é o investimento e aplicação do turismo sobre esses animais, onde já acontece em várias regiões do globo terres, como o mergulho, onde é uma boa oportunidade das pessoas conhecerem o verdadeiro temperamento desses animais e estudar esses seres vivos. Segundo registros em literatura cientificas, são cerca de 58 espécies de elasmobrânquios que estão sob o mar cearense. Onde estão distribuídos em 21 famílias, elas são: Hexanchidae; Squalidae; Etmopteridae; Somniosidae; Dalatidae; Ginglymostomatidae; Rhincodontidae; Pseudocarchariidae; Alopiidae; Lamnidae; Triakidae; Scyliorhinidae; Carcharhinidae; Sphyrnidae; Pristidae; Narcinidae; Rhinobatidae; Rajidae; Urolophidae; Dasyatidae; Gymnuridae; Rhinopteridae; Myliobatidae; Mobulidae:



Espécies registradas no Ceará

Tubarões
Os tubarões possuem corpos cilíndricos, com caracteristicas hidrodinâmicos, aberturas branquiais nas laterais da cabeça, nadadeiras destacadas da cabeça e nadadeiras caudais bem desenvolvidas.

  • Hexanchidae:
Heptranchias perlo (Tubarão-de-sete-guelras); Hexanchus griseus (Tubarão-de-seis-guelras); 

  • Squalidae:
Cirrhigaleus asper (Cação-bagre); Squalus cubensis (Galhudo-cubano ou cação-bagre); Squalus grupo megalops (cação–gato); Squalus mitsukurii (Tubarão-bagre ou cação-bagre)

  • Etmopteridae:
Etmopterus bigelowi (Cação-lanterna)

  • Somniosidae: 
Centroscymnus owstoni (xara-preta)

  • Dalatidae:
Isistius brasiliensis (tubarão-charuto)
Tubarão Lixa na Pedra do Paraíso, CE

  • Ginglymostomatidae:
Ginglymostoma cirratum (tubarão-lixa)

  • Rhincodontidae:
Rhincodon typus (tubarão-baleia)

  • Pseudocarchariidae:
Pseudocarcharias kamoharai (tubarão-crocodilo)

  • Alopiidae:
Alopias superciliosus (tubarão-raposa-de-olho-grande ou cação raposa)

  • Lamnidae:
Carcharadon carcharias (tubarão branco); Isurus oxyrinchus (Tubarão-anequim); 

  • Triakidae: 
Mustelus canis (Cação-cola-fina ou boca-de-velha); Mustelus higmani (Cação-diabo)

  • Scyliorhinidae: 
Scyliorhinus sp. (Scyliorhinus besnardi ou Scyliorhinus haeckelii (Cação-gato-pintado))

  • Carcharhinidae:
Carcharhinus acronotus (Tubarão-flamengo); Carcharhinus falciformis (Tubarão-lombo-preto); Carcharhinus leucas (Tubarão-cabeça-chata); Carcharhinus limbatus (Tubarão-salteador ou galha-preta); Carcharhinus longimanus (Tubarão-galha-branca); Carcharhinus obscurus (Tubarão-fidalgo); Carcharhinus perezi (Cação-coralino); Carcharhinus plumbeus (Tubarão-galhudo); Carcharhinus porosus (Cação-azeiteiro); Carcharhinus signatus (Tubarão-toninha); Galeocerdo cuvier (Tubarão-tigre ou jaguara); Negaprion brevirostris (Tubarão-limão); Prionace glauca (Tubarão-azul); Rhizoprionodon lalandii (Cação-frango ou rabo-seco); Rhizoprionodon porosus (Tubarão-pintadinho ou rabo-seco); Carcharhinus maou (Tubarão-galha-branca-oceânico)
Peixe Serra em meio a cardume de xilas

  • Sphyrnidae: (panan/martelo)
Sphyrna lewini (Tubarão-martelo-entalhado); Sphyrna mokarran (Tubarão-martelo-grande); Sphyrna tudes (Cambeva); Sphyrna tiburo (Cambeva-pata); Sphyrna zygaena (Tubarão-martelo-liso); 

  • Pristidae:
Pristis perotteti (Peixe-serra); Pristis pectinata (Peixe-serra)



Arraias
Arraia manteiga no Naufrágio do Pecém
As raias apresentam corpo deprimido dorso-ventralmente, fendas branquiais na porção ventral da cabeça, nadadeiras peitorais fundidas à cabeça e nadadeiras caudais bem desenvolvidas ou em forma de chicote.

  • Narcinidae:
Narcine brasiliensis (Treme-treme)

  • Rhinobatidae:
Rhinobatos lentiginosus; Rhinobatos percellens (cação-viola)
Treme-treme em Abrolhos, BA

  • Rajidae:
Dipturus sp. (Dipturus leptocauda ou Dipturus mennii ou Dipturus trachyderma); Breviraja cf. spinosa

  • Urolophidae:
Urotrygon microphthalmum

  • Dasyatidae:
Dasyatis americana (manteiga); Dasyatis guttata (bico-de-remo); Dasyatis marianae (arraia-de-fogo); Dasyatis geijskesi; Pteroplatytrygon violácea; Himantura cf. schmardae
Cação Viola em Abrolhos, BA 

  • Gymnuridae:
Gymnura altavela; Gymnura micrura

  • Rhinopteridae:
Rhinoptera bonasus; Rhinoptera brasiliensis 

  • Myliobatidae:
Aetobatus narinari (pintada ou chita)

    Arraia de Fogo, Pedra da Risca do Meio, CE
  • Mobulidae:
Manta birostris (Raia-jamanta); Mobula thurstoni (Raia-manta-mirim)






Onde está o ar respirado pelos peixes e outros organismos aquáticos?

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Não é de hoje que sabemos da capacidade que os peixes têm de respirar debaixo d'água. Mas poucos de nós sabe da dificuldade que é respirar dessa maneira. Tudo isso vem da dificuldade de se obter oxigênio na água, pois só é possível captar o oxigênio que esteja dissolvido nela. E isso pode representar problemas para os animais que necessitam dele.

1. Bolhas de ar na água simbolizando os gases dissolvidos nela.
Para os organismos terrestres, o ar está repleto de oxigênio. A composição do ar atmosférico seco, sem umidade, é de 20,95% desse gás, disponível a uma pressão de 760 mmHg. A medida que subimos montanhas essa concentração de quase 21% permanece constante, mas a dificuldade de respirar em altitudes decorre da pressão parcial (pO2) que diminui, dificultando a troca gasosa nos pulmões, que ocorre de onde a pressão é maior para a menor, ou seja, do pulmão (pO2= 104 mmHg) para o sangue (pO2= 40 mmHg).
2. Esquema demonstrando as pressões parciais para ocorrência das trocas gasosas entre o pulmão e o vaso sanguíneo.
Na água, a solubilidade do oxigênio gasoso é de 34,1 ml /litro a 15°C. Isso quer dizer que em 1 litro de água a 15°C podem ser dissolvidos 34,1 ml de gás oxigênio. Isso parece razoável, mas esse valor pode variar conforme os fatores ambientais, entre eles a temperatura, a quantidade de sais e a pressão.

3. Solubilidade dos gases (O2, N2 e CO2) na água.
Quanto mais quente for um líquido que apresenta gás, menos esse gás fica retido, como facilmente podemos notar em um refrigerante quente, que as bolhas saem rapidamente, dando a ideia de que ele 'explodiu'. Quando está no copo, bolhas são vistas subindo nas paredes do copo, pois, a medida que o refrigerante esquenta, o gás perde solubilidade e vai saindo. A diferença é que no refrigerante o gás é o dióxido de carbono, o CO2.

4. Bolhas no refrigerante demosntrando a presença de gás (CO2) dissolvido, perdendo solubilidade a medida que esquenta.
Assim como a temperatura, o aumento da quantidade de sais na água diminui a solubilidade. Por isso na água salgada tem uma quantidade de gases dissolvidos menor que na água doce. Diferentemente da pressão que, quanto maior a pressão, maior a solubilidade do gás naquele meio. 

5. Esquema de experimento mostrando a interferência do aumento da pressão no aumento da solubilidade do gás na água.
Voltando ao refrigerante, quando ele ainda não foi aberto podemos notar que a garrafa PET está mais rígida que quando ele é aberto. Isso deve-se ao fato de, ao ser aberto, aquele 'tchisss' equilibra as pressões internas na garrafa com a do meio externo. Era essa pressão que mantinha parte do gás dissolvido. Tanto que depois de aberto, mesmo que refrigerado, ele fica 'sem gás'.

6. Garrafas PET fechadas mostrando-se mais rígidas devido a pressão interna ser alta. 
Ao nível do mar, a pressão é constante de 760 mmHg, o conhecido 1 ATM. A medida que mergulhamos essa pressão aumenta. Esse aumento ajuda na manutenção de uma quantidade de oxigênio nessas águas. Junto com a profundida, a temperatura normalmente cai, ajudando, também, na solubilidade do oxigênio nessas águas.

Nos corpos d'água a quantidade de gases dissolvido é equilibrada constantemente, pois há contato com o ar atmosférico e, até que a água esteja com quantidade máxima de gás dissolvido, chamada de saturada, ocorre intercâmbio entre os gases da água com os do ar. Mantendo esse equilíbrio.

O problema está quando há um aumento da temperatura da água. Comum em poças de água, piscinas na praia, pois a pequena quantidade de água exposta à luz do sol aquece, evapora uma parte e os sais ficam em uma quantidade menor de água. Ou seja, água quente e com mais sais. A solubilidade do oxigênio cai gradativamente. Além disso o consumo desse gás pelos organismos presentes ali ajuda na redução dele na água, podendo levar a morte daqueles organismos.

7. Bolhas de ar formadas na água pelo aumento da temperatura com consequente redução da solubilidade.
O mesmo ocorre em águas onde são descartados resíduos de refrigeração de motores, como em usinas nucleares. A água aquece, reduz a quantidade de oxigênio e alguns organismos sensíveis já morrem pela temperatura, outro morrem pela incapacidade de conseguir o oxigênio que necessita, pois seus órgão respiratórios só conseguem retirar o oxigênio da água.

Quando mergulhamos levamos em nossos cilindros uma reserva de ar para respirarmos durante o mergulho. Logo desenvolveremos tecnologia para retirar o oxigênio da água para usarmos em nossa respiração subaquática. Será? Bem, enquanto isso não ocorre, nos resolvemos com a carga dos cilindros, deixando essa capacidade para seus organismos capacitados naturalmente.


Referências:
Livro: Fisiologia Animal - Adaptação e Meio Ambiente. Knut Schmidt-Nielsen, 5 ed.;
            A Vida dos Vertebrados. F. Harvey Pough, 4 ed.
Imagens:
http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo_legenda/d9bb470261b63b5bbfd93a57e4b3cf1e.jpg
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYfAAA/cap-20-equilibrio-acido-basico-hidro-eletrolitico
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/07/carbonatacao-450x342.jpg
http://images.slideplayer.com.br/30/9522823/slides/slide_5.jpg
http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo/images/pressao%20de%20um%20gas.jpg
http://lemanjue.com.br/wp-content/uploads/Por-que-nao-devo-consumir-refrigerantes-730x375.jpg
https://desafioint.files.wordpress.com/2014/07/o8exdc.jpg?w=584

Cristais do Navio Amazônia: 35 anos no fundo do mar

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Em agosto de 2016 realizamos o resgate das peças de cristal de um dos contêineres do navio Amazônia, naufragado há 35 anos na Enseada do Mucuripe em Fortaleza. 

O Amazônia trazia bens produzidos na Zona Franca de Manaus com destino ao Rio de Janeiro. No entanto, ao largo de Fortaleza embarcação teve problemas e adernou na entrada do Porto do Mucuripe. Grande parte de sua carga derivou até as praias do Pirambú, outra afundou na Enseada.

Em 2012 o mergulhador Régis Freitas trouxe para nosso conhecimento a localização de um desses contêineres que carregava produtos de cristal. Começou então uma jornada burocrática para conseguir as devidas autorizações junto ao Estado Maior da Armada liderada pelo pesquisador Augusto César.

Com as autorizações em mão iniciamos o planejamento da operação. Em quatro dias resgatamos do fundo do mar cerca de setecentas peças. Os cristais trabalhados consistem em quatro modelos de petisqueira e fruteiras. Após 35 anos no fundo do mar algumas estão perfeitamente preservadas mas a maioria apresentam algum dano, mesmo mínimo mas que não tira o brilho e a beleza das peças que passaram décadas perdidas e enterradas no fundo da Enseada do Mucuripe e que graças a este trabalho fantástico pode ser apreciado pelo público!

As peças estão divididas em lotes
Primeiro Lote: peças em perfeito estado de conservação ou com algum dano mínimo, ou aquelas do modelo do qual existem menos exemplares .
Segundo Lote: peças com algum dano mínimo.
Terceiro Lote: peças com danos significativos ou com incrustações de seres marinhos.

Modelos
Petisqueira Redonda. Cerca de 28cm de diametro. Grande número de exemplares deste modelo. 1o, 2o e 3o lotes.
Petisqueira Ovalada. Cerca de 28cm x 21cm. Exemplar com o menor número de unidades. 1o lote.
Fruteira Redonda. Cerca de 20cm de diametro. Poucas unidades. 1o lote.
Fruteira Quadrada. Cerca de 21cm de lado, 27cm de diagonal. 1o lote.

Veja a matéria completa!

Gostaria de adquirir um peça com certificado de autenticidade? 
Entre em contato através do email mardoceara@gmail.com ou pelo 85 98844-5180 (oi/wzp).



Pesquisa científica descreve recife de corais em águas profundas do Ceará

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por Marcelo Oliveira 

Mergulhador junto aos recifes do Canal do Uruaú. 

Pesquisa publicada recentemente descreveu a biodiversidade em recifes de corais localizados a cerca de 40 metros de profundidade no litoral leste do Ceará. O trabalho foi feito por pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com a operadora de Mergulho Mar do Ceará. 

O artigo publicado na revista internacional Marine Biodiversity (Biodiversidade Marinha) com o título Mesophotic ecosystems: Coral and fish assemblages in a tropical marginal reef (northeastern Brazil) - Ecossistemas mesopóticos: Conjuntos de corais e peixes em um recife marginal tropical (Nordeste do Brasil) - descreveu os corais e peixes que vivem associados ao fundo do mar. Os pesquisadores descreveram os recifes através de mergulho autônomo no ponto conhecido como Canal do Uruaú (36m), localizado a cerca de 6 horas de barco a partir de Fortaleza. 

Na pesquisa foram feitas fotografias e vídeos para descrever a área possibilitando um maior conhecimento sobre o ambiente em águas profundas “Observamos uma biodiversidade significativa, principalmente de corais, tubarões, peixes e arraias. Os mergulhadores conhecem a área como um paraíso para as arraias”, aborda o instrutor de mergulho Marcus Davis, um dos autores do estudo. 

Os resultados são importantes, pois fornecem informação sobre a biodiversidade marinha de recifes de corais em águas profundas, os quais estão sendo descritos principalmente nos últimos 10 anos. Este tipo de recife tem sido encontrado em diversas áreas no mundo. No Brasil está em locais como perto da foz do rio Amazonas, litoral da Bahia, Atol das Rocas e o Arquipélago de Fernando de Noronha. 

“O litoral do Ceará possui uma vida marinha rica e pouco conhecida, principalmente em águas mais profundas. O Canal do Uruaú é uma área bastante interessante, porém infelizmente sem qualquer tipo de proteção ambiental, apesar de sua função para que as espécies possam se reproduzir. Seria bastante relevante criar uma unidade de conservação marinha na área ” aborda outro autor do estudo, o Professor Marcelo de Oliveira Soares do Labomar-UFC.

A pesquisa faz parte da rede do INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) Ambientes Marinhos Tropicais, que visa analisar os recifes de corais no Nordeste do Brasil. 


Referência do Artigo
Soares, M.O.; Paiva, C.C.; Davis, M.; Carneiro, P.B.M.. Mesophotic ecosystems: Coral and fish assemblages in a tropical marginal reef (northeastern Brazil). Marine biodiversity, 2016. 

Fonte
Instituto de Ciências do Mar (Labomar), Universidade Federal do Ceará (3366.7010)

Fotos
Marcus Davis

Texto 
Marcelo Oliveira

Lançamento da segunda parte do documentário O Naufrágio Amazônia e o Resgate dos Cristais

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O que
Lançamento do documentário e confraternização de Natal

Onde
Cantina Al Pancino (Av. Antônia Sales esquina com Av. Desembargador Moreira, na esquina do posto de gasolina)

Quando
Quinta-feira, 15/12, às 19:30h 

Amigos,

Mais um ano termina e muita coisa aconteceu. Foram meses especialmente produtivos no contexto do mergulho cearense e chegou a hora de nos reunirmos para lembrar momentos, contar histórias e planejar o futuro em nossa confraternização de Natal!

No encontro será lançada a segunda parte do documentário O Naufrágio Amazônia e o Resgate dos Cristais em que continuamos o trabalho lançado há um ano de recuperação da carga e do resgate da história para os cearenses. A belíssimas peças recuperadas neste trabalho estarão expostas durante o evento!

Convidamos a todos, mergulhadores ou não a comparecer na Cantina Al Pancino na quinta-feira, 15 de dezembro a partir das 19:30h e conhecer essa história do mar que resgatamos para vocês!

Não falte!

Restos de materiais de pesca retirados do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio

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Material de pesca artesanal retirado da Pedra da Botija, a 24m de profundidade. Este ponto fica dentro dos limites do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio, Fortaleza, CE.

Grande quantidade de chumbadas.
No dia 24 de dezembro mergulhamos na Pedra da Botija dentro do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio (PEMPRM). A quantidade de restos de petrechos de pesca artesanal nos chamou atenção e dedicamos nossos mergulhos a remover a maior quantidade possível desse lixo.

O PEMPRM foi criado em 5 de setembro de 1997 pela Lei Estadual 12.727 que proíbe várias atividades predatórias mas permite a pesca artesanal dentro dos seus limites a fim de preservar as tradições pesqueiras da comunidade do Mucuripe. Apesar de ser um santuário da vida marinha, o Parque sofre com a falta de recursos para manejo e fiscalização.

Encontramos muitas esponjas presas nas linhas de pesca abandonadas. Aparentemente o azol fica preso às estruturas rígidas dos corais e o pescador se ver obrigado a cortar a linha na superfície, abandonando o restante, cerca de 20 a 30m de nylon, 250g de chumbo e azol, no mar. Este material mantém-se preso ao recife. A mercê da correnteza o nylon enrola-se às esponjas fragilizando a estrutura da mesma que pode se quebrar durante os maiores swells e facilitando um novo enrosco pelo pescador. Além disso, o próprio azol pode prender-se e danificar a estrutura da planta.



As imagens acima mostram diferentes espécies de esponjas presas nas linhas. 

O que parece sustentar essas teorias além da grande quantidade de linhas é a ausência de grandes esponjas neste local e em outros constantemente visitados por pescadores e que apresentam grande quantidade de petrechos de pesca.

Apesar dos problemas ainda é um lugar maravilhoso!

Quem são os Cetáceos?

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Os cetáceos conseguiram, através da evolução, especialização que lhes permitem passar todo o seu ciclo de vida no ambiente aquático. Esse grupo teve que responder às necessidades de natação, mergulho, comunicação e procura de alimento num meio totalmente distinto dos seus ancestrais terrestres.

A palavra Cetáceos, vem do latim cetus que significa grande animal marinho e do grego ketos que quer dizer monstro marinho. Os cetáceos abrangem animais com formas e tamanhos variados. Desses exemplares existe os que mal ultrapassam a um metro de comprimento, como também animais que medem cerca de 25 metros. Pelo nome, anteriormente explicado, esses animais podem ser marinhos- que se distribuem por todos os oceanos- mas também possuem espécies que estão na maioria dos grandes rios de todo o mundo, desde as águas quentes do equador até às águas frias dos polos. Atualmente é reconhecido mais de 80 espécies.


Os cetáceos são peixes? 

Os cetáceos englobam as baleias, botos e golfinhos e são mamíferos, já os peixes pertencem ao filo Chordata e são exclusivamente aquáticos, que difere, os peixes dos cetáceos, é que esses últimos são mamíferos. Até o século XX as baleias, botos e golfinhos eram incluídos na “Ordem Cetacea”, entretanto, diversos trabalhos publicados recentemente, mostrando a proximidade dos cetáceos e dos artiodátilos. Atualmente, se considera que ambos devem estar juntos dentro da Ordem Artiodactyla, ficando os cetáceos na infraordem Cetacea

Cauda de uma Cachalote
Fonte: http://www.aquaacores.com.pt/
Durante muito tempo se pensou que os representantes dos cetáceos, como as baleias e os golfinhos, eram peixes onde esses “peixes” teriam uma particularidade de esguichar água. Realmente os cetáceos podem parecer com alguns peixes. Os golfinhos e os botos podem parecer em particular com os tubarões, pela forma do corpo. As vezes alguns banhistas e surfistas levam sustos pela similaridade, pois possuem barbatanas dorsais, laterais e caudais, mas se verificarmos com atenção observamos algumas diferenças. A melhor maneira de distinguir um Cetáceo de um peixe, é visualizar a sua cauda, Pois a cauda de um Cetáceo é horizontal e sua movimentação é de baixo para cima, enquanto a cauda de um peixe é vertical e a movimentação é lateralmente.
Os Cetáceos por serem mamíferos, apresentam ainda diferenças fisiológicas.
Estes animais homeotérmicos, possuem sangue quente, respiram pelos pulmões através de um espiráculo, no caso dos cetáceos, que fica localizado em cima da cabeça na parte dorsal. Suas crias crescem em placentas e são amamentadas através de glândulas mamárias. Este grupo está completamente dependente do meio marinho para completar o seu ciclo de vida, sendo os hipopótamos o grupo de animais terrestres evolutivamente mais próximos.


Divisão dos cetáceos

Os cetáceos, pelas características que cada indivíduo apresenta, são subdivididos em três subordens: Subordem Archaeoceti, Subordem Odontoceti e Subordem Mysticeti

  • Subordem Archaeoceti
Ilustração de um arqueocetos
Fonte: geologicalman.blogspot.es
Esta subordem pode também ser chamada de Arqueocetos. Os arqueocetos incluem todos os cetáceos extintos. São os cetáceos primitivos, portanto deram origem aos misticetos e odontocetos. Uma das características que separa dos demais cetáceos é sua dentição diferenciada, e também o orifício respiratório, que ficava situado entre a ponta do bico e a região dorsal da cabeça. Alguns pesquisadores dizem que os arqueocetos, mais primitivos, possuíam quatro membros e tinham hábitos de anfíbios. Apresentava essa transição entre os mamíferos terrestres e aquáticos, antes de se adaptarem por completo ao meio aquático.

  • Subordem Mysticeti
Baleia jubarte se alimentando
Fonte: http://ipevs.org.br/blog/?tag=imagens
Os misticetos, também chamados de Mysticeti, tem como representantes as grandes baleias. Entre elas a baleia azul que é considerado o maior animal vivo do mundo, chegando a medir 30 metros. Uma das características desses animais é   não terem dentes. Em vez de dentes possuem muitas barbatanas. Essas barbatanas são estruturas córneas similares à unhas que ficam enraizadas na parte superior da boca e se organizam em forma de um triângulo reto comprido. A parte externa é macia e a parte interna possui uma forma de franja para poder filtrar os alimentos. A dieta alimentar dos misticetos é basicamente de zooplanctons e de pequenos crustáceos. Algumas espécies também tem o costume de predar cardumes de peixes de pequeno porte. 

Orifício duplo em misticetos
Fonte: masterok.livejournal.com
Outra característica da subordem Mysticeti é que possuem o crânio simétrico, com um par de orifício respiratório situado no alto da cabeça. Os machos, dessa subordem, são menores do que as fêmeas. Normalmente são solitários, exceto no período de reprodução e nas áreas de alimentação.

De maneira generalizada os representantes dos misticetos são subdivididos em família segundo a presença ou ausência de sulcos ventrais, como também ao número destes. Estes sulcos estão relacionados diretamente com o tipo de alimentação e a estratégia alimentar realizadas por cada família. 
  • Família Balaenidae
  • Família Neobaleanidae
  • Família Eschrichtiidae
  • Família Balaenopteridae

  • Subordem Odontoceti
Esta ordem abrange o maior número de espécies, sendo que algumas delas são fluviais. E, as marinhas podem ser costeiras oceânicas, podendo ocorrer ao longo da borda da plataforma continental. 

Dentição de uma orca
Os odontocetos, assim também conhecidos, são indivíduos que irão apresentar dentes que podem variar entre 2 a 200. Geralmente são todos iguais e existe apenas uma dentição, portanto não há substituição de dentes durante ao longo da vida. Sua dieta é de peixes de vários tamanhos e cefalópodes. No caso das orcas, devoram animais como focas e pinguins, há também registro de se alimentarem de filhotes de baleia. 


Delphinapterus leucas brincando em
fazer bolhas
Fonte: biologiavida-oficial.blogspot.com.br
Diferentes dos misticetos, o crânio dos odontocetos são assimétricos. Em algumas espécies a região rostral e frontal são bastante desenvolvidas, em outras, a boca é alongada para frente de formato perecido com um “bico” longo e agudo. O orifício respiratório é único e apresentam biossonar. Os machos normalmente são maiores que as fêmeas. Vivem em bandos e o comprimento pode variar de 1,5 metros a 17 metros. Os odontocetos abrangem as “baleias-de-bico”, as orcas, todos os botos e golfinhos e a cachalote que é o maior representante dessa subordem.

Existe várias divergências entre diversos autores., e maneira geral são 10 famílias, devido ao grande número de espécies viventes, representando 85% das espécies viventes de cetáceos. 
  • Família Iniidae
  • Família Platanistidae 
  • Família Lipotidae
  • Família Pontoporiidae 
  • Família Monodontidae
  • Família Phocoenidae
  • Família Delphinidae 
  • Família Ziphiidae 
  • Família Physeteridae
  • Família Kogiidae

boto-vermelho
Fonte: http://epoca.globo.com
Para os interessados em visualizar os cetáceos, saibam que praticamente em todo o litoral brasileiro pode se encontrar tais representantes. Os golfinhos são os mais abundantes desde o litoral sul ao sudeste. Nas águas nordestinas, o golfinho mais conhecido é o golfinho-rotador. Sua maior concentração fica no Arquipélago de Fernando de Noronha. 

As baleias têm maior concentração no litoral sul e sudeste do Brasil, mas é em águas nordestinas que algumas preferem se reproduzir, como é o caso da baleia-jubarte que vão para o Arquipélago dos Abrolhos, no sul da Bahia. O cetáceo que pode ser encontrado em águas fluviais é boto, podendo ser encontrado em águas brasileiras tanto na Bacia Amazônica como no Orinoco.


Cetáceos encontrados no Ceará

Foram registradas 23 espécies de mamíferos marinho, no estado do Ceará, sendo 22 cetáceos e 1 sirênio. O que mais chama atenção são os encalhes de boto-cinza (Sotalia guianensis), que representam quase 60% desses registros. O encalhamento pode ser ocasionado por doenças patógenas- que acabam desorientando os animais- e, infelizmente, por ameaças de origem humana. Por se tratar de uma espécie costeira vem sofrendo diversas ações antrópicas negativas. As famílias, de cetáceos, que podem ser encontradas no Ceará são:

Infraordem Mysticeti
  • Família Balaenopteridae

Infraordem Odontoceti
  • Família Physeteridae
  • Família Kogiidae
  • Família Zipdiidae
  • Família Delphinidae

Referências





http://www.aquasis.org/subprograma.php?id_oquefazemos=6

Uma imagem do navio Eugene V R Thayer: o Petroleiro do Acaraú

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Imagem da maquete do Eugene V R Thayer, o Petroleiro do Acaraú. Agradecimento a Claudio Braga. Legenda: "Modelo do Eugene V. R. Thayer, o primeiro da nova série de navios petroleiro da Sinclair Oil que encorpa varias novas melhorias nunca antes empregadas na construção de um navio petroleiro."  

O Petroleiro do Acaraú sempre encantou os mergulhadores cearenses. É um mergulho difícil por estar muito distante da costa e pela presença de fortes correntezas. Está naufragado desde 1942 quando foi torpedeado por um submarino italiano durante a Segunda Guerra Mundial. Tratava-se de um petroleiro movido a vapor de nacionalidade americana chamado Eugene V R Thayer. Hoje é habitado por arraias, barracudas e uma fauna marinha diversificada.
Imagem disponível anteriormente.

Sua história foi contada aqui no blog e no Atlas de Naufrágios do Ceará, publicado em 2015.
Recentemente passamos a organizar expedições para este naufrágio e identificamos a presença de uma espécie invasora de coral: o "coral sol", alvo de artigo científico publicado em parceria com Universidade Federal do Ceará.

As imagens conhecidas desde navio ainda em operação eram de baixíssima qualidade e desejávamos uma imagem mais nítida. Contatei meu tio Claudio Braga que mora nos EUA e é também um curioso sobre assuntos relacionados a Grande Guerra. Ele nos conseguiu uma imagem de uma revista da década de 30 em que aparece uma maquete do Eugene Thayer!

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